Este estudo teve como objetivos averiguar a situação dos alunos do 11º ano de Ciências e Tecnologias da ESAS, turmas A, B, C, D, E, F, G, H e I, em termos de excesso de peso e obesidade, conhecer os seus níveis de atividade física habitual, verificar a existência de associação entre o sobrepeso e a atividade física e avaliar a tensão arterial e frequência cardíaca. A recolha de dados foi realizada na Semana dos Estilos de Vida Saudáveis, de 13 a 17 de janeiro de 2014.
A avaliação do peso foi realizada numa balança de chão mecânica da marca SECA com capacidade máxima de 150 Kg, previamente calibrada e colocada numa superfície plana e firme.
Para a avaliação da tensão arterial e pulsações foi utilizado um esfignomanómetro digital da marca OMRON M6 Confort, com o aluno(a) sentado(a).
Conclusões
Dos resultados obtidos no presente estudo, pode concluir-se:
- Os dados obtidos para a altura e peso estão dentro dos parâmetros previstos nas tabelas da Direção - Geral da Saúde.
- Relativamente ao índice de massa corporal, verifica-se prevalência de pré obesidade e obesidade tem padrões distintos entre os sexos. Constata-se predomínio de pré obesidade nas raparigas (12,7%) e obesidade nos rapazes (8,9%). Em 2010, um estudo realizado com crianças e adolescentes portugueses, revelou que a prevalência da pré obesidade e obesidade, foram respetivamente 17 e 4,6% nas raparigas e 17,7 e 5,9% nos rapazes. Os alunos rastreados têm os seus valores abaixo dos apresentados neste estudo à exceção dos valores da obesidade (12,7%) nos alunos do sexo masculino.
- No que toca à prática de exercício físico apenas 33,3% dos rapazes e das raparigas referem praticar exercício físico - extra escola com regularidade.
- O estudo da tensão arterial permitiu demonstrar que a Tensão Normal-Alta e a Hipertensão Arterial têm uma prevalência elevada na população estudada. Este facto verifica-se em 43,0% dos rapazes e 50,9% das raparigas.
- O tempo letivo de cada aula foi suficiente para a recolha de dados nas turmas com menos alunos havendo necessidade de um pouco mais de tempo para turmas maiores. O espaço disponibilizado foi o adequado.
Os dados vêm alertar para a necessidade de uma intervenção que possa diminuir determinados fatores de risco numa altura em que ainda e possível influenciar o comportamento dos adolescentes, sobretudo os relacionados com:
- A nutrição, adequada a idade e necessidades de cada um, prevenindo praticas de alimentares desequilibradas"comer para viver e não viver para comer";
- A prática regular de exercício físico, a vida ao ar livre e em ambientes despoluídos.
É importante valorizar o papel da escola e dos agentes de saúde na promoção de hábitos de vida ativa, promovendo a atividade física.